Roubam para entregar <br>o Metro

O agravamento das condições de vida dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa tem-se intensificado profundamente, por força das políticas que visam tornar a empresa apetecível aos grandes grupos do sector de transportes. A acusação consta na resolução que foi aprovada em plenário, na passada quinta-feira, 27 de Março, por centenas de trabalhadores (no activo e reformados), nas oficinas de Sete Rios.

Aqui, foi decidido por unanimidade ir entregar em seguida o documento ao secretário de Estado dos Transportes, no Ministério da Economia, para onde os trabalhadores seguiram de Metro. Na Rua da Horta Seca, como relatou a agência Lusa, mostraram a sua indignação gritando «Parem de roubar quem viveu a trabalhar» e outras palavras de ordem.

Anabela Carvalheira, dirigente da Fectrans, explicou que a iniciativa foi particularmente importante por revelar que os trabalhadores do Metro estão «disponíveis para todas as formas de luta que entendam ser necessárias», «pelo cumprimento dos nossos direitos e contra a privatização da empresa, que representará mais prejuízos para os passageiros e pior serviço público».

Na resolução declara-se que a 25 de Maio, nas eleições para o Parlamento Europeu, os trabalhadores do Metro vão usar o voto para que seja um «dia nacional de luta nas urnas».

Futuras acções deverão ser analisadas no próximo plenário, marcado para dia 7. Para ontem, o secretário de Estado agendou uma reunião com os representantes dos trabalhadores.




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